Nem sei que diga...

Hoje, inevitavelmente, terei que falar nas eleições.
As coisas não correram como eu estava à espera, daí o título desta mensagem. E não, não vou falar mal do Sócrates, pois não é ele o culpado do meu descontentamento. Os culpados deste meu amargo de boca são todos aqueles que saíram de casa num belo domingo de sol para ir votar cds/pp. Para esses o meu mais sincero manguito!

Pronto, mas agora que o mal está feito, vou já começar a campanha para as próximas eleições... Como sou uma pessoa muito subtil e as minhas palavras de pouco valem, convido-vos a ler um artigo de opinião fantástico da autoria de Manuel António Pina, que foi publicado no JN na passada sexta-feira, e que pode ser consultado no seguinte endereço:

http://jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx?content_id=1371580&opiniao=Manuel%20Ant%F3nio%20Pina

Ao lê-lo rejubilei de alegria pela sensatez demonstrada. Ainda vou escrever um e-mail ao referido autor, só para que ele saiba que existe, pelo menos, uma pessoa que concorda com quase tudo o que foi dito (a última parte se fosse omitida era ouro sobre azul, mas não se pode ter tudo).

Voltando às eleições de ontem, queria ainda dizer que serviram para eu visitar as escolas que frequentei. Engraçado, da primeira (a primária) não sinto saudades nenhumas... Tantas reguadas apanhei naquele edifício... Entrei e foi como se nada fosse. Não reconheci quase nada, não senti uma nostalgia ou uma angústia dentro de mim, nada! Agora na segunda senti isto e muito mais. Um misto de saudade, ternura, nostalgia... Não é que os tempos que lá passei tenham sido maravilhosos, muitos deles foram até bem tenebrosos, mas sinto falta de ter 14 anos, de passar tardes com os meus amigos, do companheirismo... Enfim, coisas que não se explicam, sentem-se.

Ah, mas nem tudo é mau. O meu Benfica está a fazer um campeonato que cuidado! Pelo menos alguma coisa que corre bem. Xiu, não digam nada a ninguém sobre este assunto, porque a maior parte da minha família e conhecidos nem sonha que sou do Benfica!
E assim vai a vida. Eu continuo o meu caminho, sempre com os meus gatos na pele...