quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Regresso às aulas

Cá estou eu de novo!

O exame correu bem, por isso este regresso às aulas de que vos falo não é o meu. A greve também não foi tão má como isso. O problema é que hoje é greve outra vez!

De facto, há coisas bem engraçadas nesta vida. Como vos tinha dito, antes do plenário já havia pré-aviso de greve para os dias seguintes. O dia de plenário correu bem e os seguintes idem aspas. Ontem, para assinalar a semana da mobilidade, os transportes públicos foram gratuitos. Ena, era só gente a aproveitar para ir aqui e ali. Adoçada a boca do povo, toca a fazer greve hoje que é para eles aprenderem! Enfim...

Esta semana começaram as aulas. Coitados dos putos, todos entusiasmados, mal sabem eles os anos de tédio e pasmaceira que os esperam. Mas não são só os putos. O Porto está cheio de adolescentes vindos de todos os cantos do País, cheios de vontade de aproveitar ao máximo esta nova etapa das suas vidas. É com cada um...

Ai o meu sistema nervoso. Eu começo a não ter idade para estas coisas: é o sotaque cocó, é os mais novos com medo das praxes, é os mais velhos a falar do que vão fazer nas praxes, etc.
Mas aquilo que eu gostei mais foi uma rapariga no autocarro dizer a outra: "Mas tu não te preocupes com as praxes, para o ano já és tu a fazê-las. Aproveita bem que este é o melhor tempo da tua vida."
Mas anda tudo doido? O melhor tempo da nossa vida é passado a beber, a aturar maluquinhos e a deixar que nos humilhem? Santa paciência...
Até acredito que para a maior parte deles seja um tempo muito bem passado. Não fazem nada, não trabalham para pagar os estudos, chegam a casa e o comer está na mesa e a roupa lavada e passada a ferro... Mas não deixa de ser redutor catalogar três ou quatro anos da nossa vida, passados entre tolinhos e bebedeiras, como o melhor tempo da nossa vida...
No que me toca, estou livre desse tempo maravilhoso. E como estou feliz por, finalmente, me ver livre de, como diriam os "Gatos", certas e determinadas coisas. Mas o que me deixa mais feliz ainda é não ter que partilhar o espaço com meia-dúzia de pseudo-intelectuais, armados em carapaus, que nestas alturas de eleições, são as criaturas mais tenebrosas que possam existir. E a faculdade é o local onde estes putos das j's se encontram em maior número e em menor qualidade. O que era bom é que eles largassem as palas, olhassem o que os rodeia com olhos de ver... Aí sim, iam ver o que se passa no mundo real e iam sentir as unhas afiadas de uns selvagens gatos na pele...

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